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“Terrorismo legalizado”

Entrevista com Ashjan Sadique Adi, doutora em Psicologia e secretária de assuntos acadêmicos da FEPAL – Federação Árabe-Palestina do Brasil

Quando você terminar de ler essa entrevista, centenas de palestinos terão morrido nas mãos do exército de Israel na Faixa de Gaza e nos assentamentos ilegais de colonos judeus na Cisjordânia. Crianças com menos de 11 anos, muitas outras recém-nascidas, serão a maioria dos mortos. Também terão morrido mulheres, adolescentes e idosos. Todos civis desarmados. Muitas vítimas terão sido alvejadas por atiradores treinados que miram na cabeça, no pescoço, no peito ou nos órgãos genitais das vítimas.

Haverá vítimas mortas na tentativa de conseguir comida para aliviar meses de fome. Algumas, especialmente crianças pequenas, terão sido mortas após buscar água. Além dos tiros de fuzis, a morte chegará por bombas, foguetes, ataques aéreos e gás lacrimogêneo. Para aqueles que ousaram nascer palestinos e teimaram viver, a morte terá chegado pela desnutrição severa. Todas as formas de morte usadas contra a população civil palestina não serão listadas neste texto por falta de capacidade de conhecermos cada uma delas. Todas, no entanto, foram testemunhadas por espectadores distribuídos pelo mundo que insiste em fechar os olhos. Todas continuam a acontecer.

Esta é Ashjan Sadique Adi, doutora em Psicologia e secretária de assuntos acadêmicos da FEPAL – Federação Árabe-Palestina do Brasil – e que, gentilmente, nos explica em entrevista pontos sobre essa guerra.

Vila Morena – Primeiro gostaríamos de saber sobre sua origem. É brasileira, mas não ficou claro se nasceu em Mato Grosso do Sul. Por que sua família foi para o Brasil?

Ashjan Sadique Adi – Eu sou brasileira e sou também sul mato-grossense. Sou natural de Corumbá, Mato Grosso do Sul, onde existe uma das maiores comunidades palestinas da diáspora no Brasil.

A respeito de como minha família veio para o Brasil, primeiro veio meu avô Said em 1955. Meu avô trabalhava como alfaiate. Eram pessoas que ficavam vendendo nas bicicletas os seus produtos. E para ajudar meu avô na loja, logo que ele a adquiriu, meu pai veio. Isso foi em 1968. Meu pai chega com praticamente 18 anos e depois de 4 anos, em 1972, chega minha mãe. Eles se casam na Bolívia e nascem os 4 filhos. Tenho três irmãos mais velhos e eu sou a caçula.

Vila Morena – Mato Grosso do Sul, ao menos Campo Grande, tem uma significativa comunidade árabe. Como você observa isso?

Ashjan Sadique Adi – A respeito da presença da comunidade árabe aqui em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, eu particularmente percebo uma dispersão. A comunidade é dispersa, infelizmente, não vejo uma unidade, uma união. Também não vejo eventos culturais organizados pela comunidade árabe local. O pouco que presenciei são eventos com dança do ventre e comida árabe, não necessariamente organizados por árabes.

Como eu já disse, Corumbá tem uma grande comunidade com cerca de 300 a 400 palestinos entre imigrantes diretos e descendentes, filhos e netos. Campo Grande já tem uma diversidade maior, com a maioria de libaneses, alguns sírios e alguns palestinos. E temos também árabes presentes em Dourados, Aquidauana; cidades do interior de Mato Grosso do Sul.

Vila Morena – O que representa essa comunidade em termos de apoio à Palestina?

Ashjan Sadique Adi – Em relação ao apoio à Palestina, nos nossos atos, eu encontro alguns árabes apoiando a Palestina. Mas constato que é um número baixo, pouco significativo. Então, se temos 100 pessoas, a gente encontra talvez dez a 20 árabes presentes. Ou seja, nossa presença varia entre 10% a 20% de árabes em manifestações e atos pró-palestina.

Vila Morena – Quando foi que você começou a se tornar mais ativa em relação à causa Palestina?

Ashjan Sadique Adi – Essa pergunta é interessante. Comecei a me tornar mais ativa em relação à causa Palestina a partir de 2017, quando iniciei meus estudos para o projeto de doutorado. Como eu estava no começo da militância, buscava construir um projeto que relacionasse a Psicologia com a Palestina, mas como, naquele momento, tinha pouca propriedade teórica, não consegui elaborar um projeto nessa perspectiva e construí um projeto relacionado com a visão do terrorismo, o que abarcava árabes e muçulmanos, ou seja, grupos mais amplos. De todo modo, o que me levou à Causa Palestina foi a minha trajetória de envolvimento com a psicologia social e com os diferentes movimentos sociais de minorias políticas aqui no Brasil. Isto é, não foi algo interno, por exemplo, incentivado pela minha família, mas algo externo, a partir da Psicologia social e dos movimentos sociais.

E este processo de militância foi ocorrendo. Eu passei a ler, passei a pesquisar sobre a Palestina e a postar os conteúdos nas redes sociais. E isso me tornou conhecida na luta. E aos poucos me tornei uma referência da causa Palestina, meu trabalho passou a ser conhecido e reconhecido. As pessoas começaram a me contatar para fazer falas, palestras, lives. E comecei também a conhecer os militantes da causa palestina, os parceiros de luta, pesquisadores da Questão palestina, palestinos ou não. Assim, o leque foi se estendendo, a rede foi se ampliando. E sempre digo que a minha vida se divide entre trabalho e a militância, não que seja fácil conciliá-los, mas estes são sempre dois nortes, dois sentidos de minha vida e cotidiano.

Vila Morena – O que mudou em termos de defesa da Palestina diante da comunidade internacional antes e depois de 7 de outubro de 2023?

Ashjan Sadique Adi – A respeito da defesa da Palestina, antes e depois do 7 de outubro (2023), eu vejo que apesar de toda catástrofe, que, inclusive, é o significado da nossa palavra Nakba, que iniciou em 1948 e prossegue. Apesar de tudo, apesar de toda barbaridade, de todas as mortes, de todo o genocídio, que vem ocorrendo há mais de 620 dias, a defesa mudou, sim. A luta pela Palestina e o conhecimento sobre ela se intensificou de forma exponencial.

Tenho certeza que nunca tivemos tantas manifestações em nível nacional e internacional pró-palestina, ou seja, tanto no Brasil quanto em outros países. Isso foi realmente algo inédito na nossa história enquanto povo palestino, e causa internacional. As pessoas passaram a se mobilizar mais, desde pessoas comuns a famosos, influenciadores, estudiosos etc. Apareceram pessoas como o próprio Breno Altman, que é um judeu antissionista, o Thiago Ávila, Amira Taha, Maynara Nafe, Yyatt Omar. Enfim, tivemos mais vozes a favor da Palestina aqui no Brasil.

E como se trata de um genocídio televisionado, em que as pessoas partilham nas redes sociais, as fotos, os vídeos das barbaridades, das tragédias acontecendo ao vivo, isso fez com que o mundo acordasse para o que realmente acontece na Palestina. Eu falo sobre a Palestina há 8 anos, mas precisou um genocídio de 110 mil palestinos para que as pessoas conhecessem um pouco a nossa causa, a nossa história, pelo o que a gente luta e tudo que a gente sofre de opressão sionista. De todo modo, apesar de que após o 7 de outubro, iniciou um apoio maciço do mundo pela Palestina, ainda não é suficiente. As inúmeras manifestações não foram suficientes para interromper o genocídio, são expressões simbólicas de apoio. A gente precisa da intervenção dos governos e suas autoridades para por fim a essa barbaridade.

Ashjan Adi aproximou-se mais da causa palestina após pesquisar sobre o tema (Arquivo pessoal)

Vila Morena – Você acredita na mobilização para a criação de um estado palestino diante do atual quadro geopolítico?

Ashjan Sadique Adi – Eu a reconheço, sei que essa mobilização existe. Mobilização em termos de povo, de alguns agentes governamentais e líderes de luta. Inclusive nós aqui da FEPAL, da Federação Árabe Palestina do Brasil, representada pelo trabalho intenso de nosso presidente. Agora, se essa mobilização vai ser suficiente para se efetivar a criação de um Estado palestino, eu tenho dúvidas. Infelizmente, acho pouco provável, porque é um jogo de forças políticas que nós não temos.

Não temos força para frear Israel e para que este estado ceda à criação de um estado palestino, ainda mais com o apoio norte-americano e de outros países imperialistas, com muito poder político em nível internacional. Então, se a criação do Estado Palestino vai se concretizar é um grande desejo e desafio pelo qual lutamos para que se efetive.

Entretanto, neste momento, o que a gente está tentando interromper é o genocídio. Isso é a prioridade. Quando essa barbaridade parar e os palestinos da Faixa de Gaza poderem reorganizar, retomar suas vidas, a gente poderá dar mais atenção a esta etapa tão importante: a criação do estado Palestino. Estamos na luta para que a 1° etapa seja superada e a 2° alcançada.

Vila Morena – Você acredita que os crimes cometidos por Israel na Faixa de Gaza e na Cisjordânia serão punidos?

Ashjan Sadique Adi – Eu espero que, sim, que os criminosos sionistas sejam punidos e criminalizados, assim como os criminosos nazistas foram. Portanto, espero que os crimes cometidos pelo sionismo, pelos sionistas, pelos governantes sionistas sejam punidos. Que a lei seja feita, que a justiça seja feita.

Vila Morena – Qual é, na sua avaliação, a capacidade de reação ainda existente na Palestina, mesmo diante de um genocídio em curso e sob ao abandono dos países da comunidade europeia e dos Estados Unidos?

Ashjan Sadique Adi – A respeito da reação da resistência ainda presente na Palestina, eu reconheço que é a resistência possível. A gente está em situações muito difíceis de resistir diante de um genocídio em curso, diante de todas as atrocidades cometidas, mesmo assim, resistimos como podemos. Enquanto partido, a resistência existe, sobretudo, na minha opinião, através do Hamas. Eles ainda detêm alguns reféns, o que também nos traz força. Eles têm o apoio de palestinos locais e de palestinos em diáspora. Há algumas estratégias militares, foguetes mesmo que pequenos. Mas considero que a principal força no momento é a detenção dos reféns, o que traz um desequilíbrio político interno a Israel. E assim, esse jogo de forças vai se mexendo, vai sendo mobilizado.

Por outro lado, a reação, a resistência não é apenas militarizada, não se resume a esta. Trazendo agora um pouco da psicologia, a própria Samah Jabr, que é psicóloga, psiquiatra e chefe da saúde mental do Ministério da Saúde Palestino, argumenta que só de estar na Palestina, decidir viver lá, já se trata de uma resistência, já é resistir. Além disso, as pessoas encontram formas muito criativas de resistirem para se manterem vivas e para reagirem contra a ocupação e contra o genocídio.

A fé no contexto palestino contribui significativamente para a resistência, para a resiliência, para os palestinos sob genocídio e ocupação se manterem vivos, se manterem com esperança, para manterem a saúde mental, para se ajudarem; isso é importante também destacarmos, pois esse é o nosso Sumud, a nossa perseverança, a nossa determinação em nos mantermos vivos e ajudarmos uns aos outros.

Vila Morena – Como você enxerga a atuação do Hamas e da Autoridade Palestina?

Ashjan Sadique Adi – O Fatah é o partido político que governa a Cisjordânia, enquanto o Hamas governa a Faixa de Gaza. A minha visão sobre estes partidos se baseia em fatos que tenho conhecimento, leituras e conversas com palestinos, apoiadores e estudiosos do contexto.

Esses dois partidos já tentaram possibilidades de conciliação, mas estas não se concretizaram. E uma das razões que conheço é porque a Autoridade Palestina não possibilita novas eleições; Mahmoud Abbas, presidente da ANP – Autoridade Nacional Palestina – está desde 2008 no cargo, ou seja, há 7 anos e com o apoio de Israel, impede a deliberação de novas eleições, provavelmente com receio de que o Hamas vença, inclusive, na Cisjordânia. Além de que com o genocídio em curso, houve tentativas de uma possível governabilidade da Faixa de Gaza pelo Fatah, o que potencializa as possibilidades de anexação de nosso território, vide os assentamentos ilegais de colonos na Cisjordânia.

Tenho informações de episódios de corrupção pela Autoridade Palestina sob governo do Fatah, episódios de acordos e conciliações com Israel, como acordos de segurança que acabam violentando e oprimindo os próprios palestinos. Soube de casos da polícia palestina invadir uma casa, levar um morador, entregá-lo para Israel e este retornar morto, fatos muito indignantes, que me chegam, sobretudo, através da minha mãe, que tem mais acesso às redes sociais e mídia da Palestina. Para mim, isso é uma traição a nosso povo e submissão ao inimigo, vejo o governo atual da ANP como capataz de Israel; um “capitão do mato”, que serve ao opressor em troca de benefícios, privilégios, garantias. Se Abbas confrontasse efetivamente Israel, eles o matariam, mas como entra no jogo, poupa sua vida. Quem confronta, como os líderes do Hamas e mesmo civis, são mortos.

Sendo assim, eu me alinho ao Hamas, não por questões de estudo, aprofundamento teórico, mas pelas informações que me chegam de suas atuações, e fazem com que eu me simpatize com o partido e sua ala militarizada. Assim como sei de vários palestinos que também se alinham ao Hamas, mas esse apoio é oculto, implícito, porque é arriscado manifestá-lo na Cisjordânia. Portanto, acredito que se houver eleições, há grandes chances do Hamas vencer.

É preciso lembrar também que o Hamas conseguiu a libertação de centenas de nossos prisioneiros e prisioneiras políticos que estavam há anos, décadas, presos nas masmorras sionistas. Eles chegaram e tiveram que se deslocar logo em seguida para o Egito. A gente não tem mais notícias deles, mas eles estão livres. Portanto, essa foi uma vitória inédita na nossa história, uma felicidade imensa para o nosso povo, que nos foi dada pelo Hamas, a despeito de tudo o que vem acontecendo. De todo modo, a vida, a história, a luta, são dialéticas, um jogo de contrários; o vencedor não ganha sempre; o perdedor não perde sempre; a vitória não é definitiva, assim como a derrota.

Sendo assim, está ocorrendo esse genocídio bárbaro, intenso, cruel, há quase 2 anos, há exatos 22 meses, mas historicamente a gente vem morrendo todos os dias, de todas as formas desde 1948, mesmo antes: assassinatos, prisões, torturas, envenenamentos, massacres, desnutrição. E é esperado que, em determinado momento, o oprimido ira se rebelar contra o opressor, isso é a prova de uma pulsão de vida. Além disso, a luta armada é um direito de todo povo sob ocupação e colonização, direito respaldado pela resolução 3743 da ONU. Por que esperam que temos que suportar toda opressão em silêncio, calados? Por que o opressor pode pegar em armas e o oprimido, não? Faço esta provocação.   

Vila Morena – Como você observa o fato de Israel estar armando milícias na Palestina?

Ashjan Sadique Adi – As milícias são outra configuração da opressão que os palestinos sofrem, no território da Cisjordânia, especificamente, através das centenas de assentamentos ilegais, sendo que essas milícias e esses colonos são armados, protegidos pelos soldados da IDF – Forças de Defesa de Israel – (que na verdade são forças de ataque, que descendem dos grupos terroristas Irgun, Stern e Haganah), e matam e violentam indiscriminadamente os palestinos.

Portanto, isso é uma outra opressão, outro desafio, outro terrorismo promovido por Israel a que os palestinos estão submetidos e buscam se proteger, resistir contra mais essa violência sistêmica. É muito terrível mais essa opressão e a lamento profundamente; soube de uma mulher que estava pendurando as roupas no terraço de casa e um colono atirou nela, e a matou.

Ou seja, trata-se de um terrorismo legalizado, sistemático. Israelenses invadem nosso território para esparramar o terror na nossa Palestina.

Vila Morena – A solução para os conflitos estaria na formação de um estado, como no modelo sul-africano, ou dois estados independentes?

Ashjan Sadique Adi –  A respeito da formação de um estado ou de dois estados independentes, infelizmente, não tenho muita propriedade sobre esse tema. De toda forma, penso que a criação de um estado palestino exclusivo ali é difícil. Almejamos, idealizemos, desejamos isso, mas vejo que o mais possível, o mais viável dentro das nossas condições políticas, militares, econômicas é a configuração de dois estados independentes. Considero essa possibilidade a mais próxima do que a gente consegue alcançar. Mas reitero, o que precisa ser alcançado neste momento é a interrupção do genocídio, a reconstrução da Faixa de Gaza, o retorno dos palestinos às suas casas. E quem sabe, depois desta tragédia, recebamos apoio para um estado Palestino livre, soberano e autodeterminado.

Vila Morena – De que maneira os ataques de Israel ao Irã vão influenciar a Palestina?

Ashjan Sadique Adi – A respeito dos ataques de Israel ao Irã e sua contraofensiva, vejo que isso influenciou todo o Oriente Médio, sim, em razão da produção de petróleo e do enriquecimento de urânio presente no Irã. Mobilizou a geopolítica do Oriente Médio e também a internacional, porque temos neste contexto a influência dos Estados Unidos, que tem acordos tanto com o Irã quanto com Israel.

Agora, me sinto particularmente feliz com o que ocorreu, manifestei minha alegria nas redes sociais, escrevi um texto agradecendo imensamente ao país iraniano por tudo que fez, pela destruição causada ao inimigo, pelas mortes de sionistas causadas. Vibrei e fiquei imensamente feliz porque estamos cansados de ver destruição só do nosso lado, Israel foi pego de surpresa. Eles não esperavam essa capacidade de mísseis e essa capacidade de tecnologia militar do Irã.

Contudo, não sou ingênua de pensar que isso não trará consequências. Como eu choro, lamento, tantas vezes me desespero com tudo que vem acontecendo contra meu povo, considero ser esse um momento de comemorar. É um momento de vitória; o monstro teve uma grande queda.

Como consequência relevante deste contra-ataque, os israelenses, os invasores, estão se retirando da Palestina a caminho do Egito e isso não é Fakenews, não é uma produção de IA, eles estão realmente se retirando. E isso é um ponto muito positivo. Seguimos aguardando como essas forças no jogo geopolítico vão se mexer. Por fim, Palestina Livre!

Sandra Luz

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