Barracos insalubres, esgotos a céu aberto, lixo por toda parte, locais esquecidos pelo poder público, geralmente viram tocas e esconderijos das ratazanas. Esses ratos causam doenças na população desprovida de assistência, de hospitais e escolas que recebam seus filhos encardidos pela falta d’água, pela roupa suja que suga a poluição no varal improvisado. As lágrimas de desespero não comovem quem deveria lutar por melhoria.
Mas tudo isso tem uma causa; a consequência o cidadão conhece, mas finge, vira o nariz de pessoa idiota, ainda defende o mal que vem da casa dos ratos, porque as ratazanas hoje usam terno e gravata, gastam todos os tostões que seriam direcionados ao povo. Eles desviam tudo o que podem com emendas, projetos de leis, justificam o injustificável para asfaltar a via que os conduz em suas fazendas. Os ratos se acostumaram a roer com todos os dentes da ganância, criam publicidades enganosas para dizer aos eleitores que não houve absolutamente nada, mesmo com provas, com prisões feitas pela polícia federal.
Os ratos tiveram a ousadia de inventar a lei que protege os ladrões, parlamentares que batem na esposa e se passam por cristão de boa família, evangélicos que desejam ficar impunes por serem pedófilos, ladrões dos cofres públicos. Esses ratos são inteligentes, mordem a fatia que pertence ao povo, por isso tiveram a pachorra de inventar a PEC da bandidagem. Não faltava mais nada.
O Brasil, realmente, não precisava passar por esta vergonha, mas com uma laia de bandidos vestidos de parlamentares a fazer uso da tribuna vociferando o ódio de pobres na bancada de gente que aprendeu a defender o patrão, o rico e a elite dos ratos. Os verdadeiros ratos não estão nos rincões miseráveis, nas favelas; estão em Brasília e se passam por intermediadores da democracia, dos valores do povo, da família e, sobretudo, contra o imposto dos ricos e das igrejas. Eles são ratos do rabo grande, são de todos os Estados do país.
Há o ratão que fugiu aos Estados Unidos, tenta ferrar a situação do Brasil com taxas abusivas ofertadas por seu ídolo maior, outro que conseguiu comprar uma
Super mansão no Distrito Federal e quitou em apenas algumas parcelas ao lucrar com rachadinhas. Enquanto não houver ratoeiras decentes, gente que saiba escolher e cobrar de seu candidato, Brasília será sempre o destino desses ratos desprovidos de inteligência, mas repletos de avareza, bens, contas bancárias em nome de familiares. O pai ratão obteve a façanha extraordinária de comprar 51 imóveis e pagar com dinheiro vivo para somar ao volume de mais cem bens imobilários. Besta que defende rato é rato também.
Antes era o orçamento secreto, o pagamento em ouro, a boiada livre para passar, queima de carros do IBAMA sob a risada amarela dos que zombavam que era preciso o golpe para continuar roendo e roubando. Os ratos descobriram como roer e roubar o magro salário dos aposentados de todo velhinho que morre a cada dia pela miséria que recebe do INSS. Pouco a pouco se descobre o caminho percorrido pelas ratazanas, empresários, defensores do rato mito. O INSS era o grande queijo que os ratos conseguiram. Eles se reinventam. Antes, os ratos desejavam estender uma ampla anistia aos piores bandidos que queriam aumentar os esgotos em Brasília.
Mas o plano foi água abaixo porque o pai das ratazanas seria o maior e único beneficiado. Mas o esgoto contém mais ratos que, apesar de se livrarem dos venenos, envenenam a população, fazendo-se passar por pessoas de bem, sábias, capazes de bater o martelo judicial e prender baseado nas convicções. Eles louvam e dão glória pela fé na alienação. É o caso do marreco de Curitiba e de um certo grupo de procuradores intimamente ligados à extrema direita que fede a rato morto que os próprios urubus rejeitam. A hiena, aquele animal que come vísceras com merda, também rejeita a refeição de rato brasileiro.