Uma flotilha humanitária composta por 20 embarcações deixou no início desta semana o porto de Bizerte, no norte da Tunísia, com destino à Faixa de Gaza. A iniciativa, organizada pela Global Sumud Flotilla (GSF), tem como objetivo romper o bloqueio israelense à ajuda humanitária e criar um corredor de abastecimento para a população palestina.
A ativista sueca Greta Thunberg, uma das principais figuras da missão, afirmou à agência francesa AFP que a mobilização pretende transmitir “uma mensagem de esperança ao povo palestino” e garantir que “o mundo não o esqueceu”.
A partida ocorreu após uma série de adiamentos motivados por condições meteorológicas adversas e por alegados ataques de drones em águas tunisinas. A GSF relatou que um dos navios, o “Family”, foi atingido por um drone, mas as autoridades tunisinas contestaram a versão, sugerindo que o incêndio teria origem interna. (Agência Brasil)
A RTP também noticiou a saída da flotilha, destacando que a missão inclui delegados portugueses e que a saída havia sido transferida de Tunis para Bizerta por questões de segurança. (RTP)
Participantes relataram que a carga transporta ajuda simbólica, como alimentos e medicamentos, apontando para o caráter mais político e simbólico da operação do que propriamente logístico. A data de chegada à Faixa de Gaza ainda é incerta, e a flotilha deverá se juntar a outras embarcações no Mar Mediterrâneo durante a travessia.
O governo tunisino anunciou a abertura de uma investigação sobre o suposto ataque por drone, enquanto os organizadores da GSF afirmaram que a missão continuará, apesar dos riscos, em solidariedade à população de Gaza.