Há mais de 100 anos, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, como a data que evidencia a força, o poder e a emoção do gênero, que nunca foi frágil e nem mesmo foge à luta.
Vale relembrar, antes de mais nada, que o motivo recorrente à referência desse dia está principalmente no dia 8 de março de 1857, na cidade americana de Nova York, quando mais de 120 mulheres morreram carbonizadas durante um incêndio numa fábrica de tecidos. O fato, segundo registros, aconteceu no decorrer de uma greve das operárias e a tragédia, segundo dados, teria sido causada pelo dono da indústria.
Apesar do trágico acidente, o dia 8 de março só foi destacado como data para reverenciar a força e a importância da mulher na civilização, em 1911, quando alguns países do mundo, como por exemplo, Alemanha, Áustria e Dinamarca, as homenagearam ainda que discretamente. Porém, foi em 1975 que a ONU (Organização das Nações Unidas) oficializou a data.
Desde então, o mundo inteiro dedica ao dia 8 de março homenagens das mais variadas às mulheres. Porém, a mais importante está em evidenciar o quanto a existência feminina é importante para toda a humanidade. Elas, além de gerar vidas, são dotadas da capacidade de construir cidadãos, através de sua dedicação, zelo, empenho e luta. Ainda que não sejam efetivamente as mães biológicas, elas portam, por excelência, esse dom divino de cuidar com carinho de um filho, um pai, um irmão, e até mesmo de um amigo, sem medir esforços.
Nesse Dia Internacional da Mulher, esse texto vem destacar que, diante do preconceito que o universo LGBTQIAPN+ sofre pelo posicionamento de cada membro de uma dessas letras, a comunidade gay demonstra que homens de orientação sexual homossexual, em nada carregam a indiferença ou qualquer tipo de ignorância ou concorrência com o universo feminino. O homem gay reconhece que a mulher trans não se difere de outra mulher e que o contorno da fêmea abarca a todas indistintamente.
A sensibilidade para reconhecer a luta das mulheres está inserida na força que a comunidade LGBTQIAPN+ trava incessantemente para sua existência, permanência e ocupação de espaços numa sociedade.
É muito comum ao homem homossexual ouvir uma frase carregada de preconceito:“Ah! Mas você não entende disso porque você não é homem. Essa fala tenta afastar esse homossexual do universo masculino e o coloca aquém de tudo e até de toda compreensão e respeito ao espaço da mulher. Os homens que se posicionam héteros com discursos carregados de homofobia desconhecem que os gays são, em sua grande maioria, fiéis amigos, parceiros e confidentes do universo feminino e nunca seres distantes das mesmas ou indiferentes às suas demandas.
Sofrer o peso do desprezo excludente numa sociedade patriarcal e homofóbica aproxima essa comunidade, principalmente, em se identificar e se aliar ao sofrimento que muitas mulheres passam, igualmente, por certa exclusão, diminuição de seu valor, e, até, a violência física e de todas outras formas possíveis.
Esse artigo vem expressar que todas as letras que compõem e significam a sigla LGBTQIAP+ se solidarizam e abraçam as mais diversas causas, inclusive as femininas de luta, e revelam através de sua solidariedade, que a Letra G, além de estar abarcando a comunidade gay, representa ainda, a gentileza que todas as mulheres indistintamente merecem receber sobretudo do gênero masculino, independentemente de uma orientação sexual.
Nesse dia 8 de março de 2025 e por todos os outros dias, deve haver sempre o debate e a promoção pelo respeito e cuidado para com as mulheres. Falta ainda para muitos homens heterossexuais entender e assumir perante elas, o G mais importante da nossa existência; o da Gentileza e jamais gente lesa.
Quando o G da comunidade gera Gentileza para o feminino
Há mais de 100 anos, o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, como a data que evidencia a força, o poder e a emoção do gênero, que nunca foi frágil e nem mesmo foge à luta.
Helio Tinoco é Jornalista, Sociólogo e especialista em linguística.