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Varejo de moda cresce no Brasil e impulsiona segmento de festas e noivas em Campo Grande

O varejo de moda no Brasil mantém uma trajetória sólida de recuperação em 2025. Apenas em agosto, o setor registrou alta de 1% em volume de vendas e 1,2% em receita nominal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. No acumulado do ano, os resultados são ainda mais expressivos: 3,9% de crescimento em volume e 7,1% em receita, indicando um aquecimento consistente no comércio de têxteis, vestuário e calçados. No recorte dos últimos 12 meses até agosto, as vendas subiram 4,5%, enquanto a receita nominal avançou 7,2%, reforçando a retomada gradual e contínua do setor.

Moda festa e noivas se destaca no mercado local

Em Mato Grosso do Sul, o segmento de moda para festas e noivas ganha destaque pela crescente demanda por exclusividade, personalização e requinte. Em Campo Grande, o estilista Marcio Rocha, nome consolidado na alta costura regional, representa com clareza essa tendência. Com mais de 20 anos de carreira, ele comanda seu ateliê na Rua Padre João Crippa, 656, onde atende clientes que buscam peças únicas, design autoral e acabamento artesanal.

Rocha iniciou sua trajetória aos 16 anos em uma confecção da capital, onde descobriu a paixão pela costura. Seu salto profissional veio em 2009, ao vencer um concurso de trajes para misses promovido por uma loja de tecidos. Esse reconhecimento abriu portas e consolidou sua especialização em vestidos de festa e noivas — um nicho que, ao longo dos anos, se fortaleceu com indicações, fidelização e um trabalho pautado pela exclusividade.

A história do estilista se conecta a um movimento nacional: a valorização da produção local, do atendimento personalizado e de criações com identidade. Em meio à digitalização do varejo e à padronização dos produtos, ateliês como o de Marcio Rocha representam uma contracorrente, reafirmando a moda como expressão de singularidade, tradição e arte — especialmente no universo dos casamentos, onde o vestido transcende a estética e se torna um símbolo afetivo.

Mercado de casamentos movimenta bilhões no Brasil

O potencial desse segmento é reforçado pelos números do mercado de casamentos. Segundo levantamento do Casar.com, maior plataforma digital de sites e listas de casamento do país, o ticket médio das celebrações em 2025 deve atingir R$ 66 mil. A expectativa é de que sejam realizadas cerca de 476 mil cerimônias, movimentando até R$ 31,7 bilhões ao longo do ano.

Dados do Portal da Transparência – Registro Civil mostram que, até o momento, 799.762 casamentos foram registrados no Brasil em 2025. Em 2024, o total foi de 921.412 cerimônias realizadas pelos cartórios.

Um estudo conduzido pelo site casamento.com, com base na entrevista de sete mil casais que oficializaram a união em 2024, revelou ainda que:

  • a idade média dos noivos é de 31 anos;
  • 49% pertencem à Geração Z;
  • o tempo médio de planejamento do casamento é de 11 a 12 meses;
  • o custo médio de um casamento no Brasil em 2025 é de R$ 50.073,00.

Vila Morena ouviu Marcio Rocha sobre o tema e explica como ocorreu a adaptação ao mercado campo-grandense. Confira:

Marcio Rocha – “Foi um crescimento muito orgânico, cliente a cliente, sabe? Passo a passo. Nunca foi algo que de repente já estava enorme. Não! Foi um passo a passo pequeno, tanto que as lojas de tecidos que a gente trabalhava antes já não existem mais. Hoje, temos nossos tecidos. Então, hoje já é um trabalho totalmente diferente do que começou naquela época. Já temos 21 anos de trabalho, sabe?  

Vila Morena – Como é a qualidade da alta costura em Campo Grande validada pelos cerimoniais e a presença masculina como cliente? Também houve um tempo em que muitas clientes, noivas, preferiam buscar vestidos confeccionados fora de Campo Grande; em São Paulo, por exemplo, ainda que o valor fosse mais alto. Como é atualmente?

Marcio Rocha – “Eu sentia muito as clientes indo fechar em São Paulo. A gente tinha um produto aqui num valor “X”. São Paulo era cinco vezes mais o mesmo produto, porque lá são cursos diferentes e as clientes, muitas vezes, saíam daqui, iam lá, fechavam com estilistas lá, porque tinham a sensação de que seria melhor e que aqui não tinha. Hoje, a gente tem essa experiência diferente. Hoje, as clientes acreditam, contratam e colocam as fichas no trabalho aqui.  Então, a gente ainda concorre com São Paulo, mas as clientes enxergam aqui como uma boa opção. Os cerimoniais indicam que aqui é uma boa opção do que ir a São Paulo resolver”, relembra o estilista.

Vila Morena – O desenvolvimento da criação é algo que exige muita criatividade para não ser repetitivo. Como é possível estar atento às tendências e adequar criatividade ao gosto da noiva?

Marcio Rocha –O processo de criação é algo que a gente tem que estar com a mente muito atenta, muito ligada no que está acontecendo no mundo da moda, nas tendências que estão vindo nos tecidos, em tudo que está em alta naquele momento. Como o nosso trabalho é muito personalizado, muito exclusivo para a cliente, eu tenho que pegar tudo que a cliente traz, as referências dela, o local, o horário, o tipo do casamento, o estilo da noiva, da festa, da madrinha, da formanda. Pegar todos esses dados que ela me traz e trabalhar em cima disso com a minha leitura para apresentar para a cliente uma ideia legal, que ela vai olhar e dizer: “Esse é o meu vestido”. Ideal.”

Marcio Rocha se consolidou como estilista no mercado de noivas em MS (Foto: Arquivo Pessoal)

Vila Morena – E existem as dificuldades em produzir a partir da criatividade e de produtos em que as peças serão desenvolvidas. Como driblar essa barreira? E como fica a questão da mão de obra?

Marcio Rocha – “A mão de obra de costureiras é um trabalho muito específico e, às vezes, a gente não encontra, tem que fazer um treinamento com a pessoa que chega, para poder conseguir ter uma equipe que faça as peças. Como a demanda é grande, a gente precisa ter uma equipe grande tanto no atendimento quanto na venda como na produção. Hoje, é um processo que se dá em várias mãos para a gente conseguir fazer a peça.”

Vila Morena – O público masculino ainda é tímido nesse segmento? E quando surge, é porque ele busca algo que seja diferente do trivial para um traje?

Marcio Rocha – “O masculino também a gente faz, mas o masculino hoje remete a uns cinco por cento só do nosso ateliê. O feminino é o maior. A gente trabalha o masculino mais para uma ideia de uma desconstrução. Atendemos aquele homem que quer algo diferente, algo muito exclusivo e que se liga nessas coisas, quer consumir esse produto”.  

Vila Morena – Feito uma miss, a noiva também tem uma mãe que está atenta a tudo e, às vezes, esquece que o desejo da filha deve prevalecer na hora de escolher o vestido e conversar com o estilista. De que maneira é possível ser diplomático nessa situação?

Marcio Rocha – “Olha, a mãe da noiva tem vários perfis. Tem aquelas mães da noiva dominantes, que chegam e impõem praticamente o que a filha tem que usar, aquilo, aquele outro. Às vezes, a filha está quieta no início. Depois, ela se solta e começa a colocar tudo o que ela quer. Às vezes, a gente começa o vestido de uma forma e, depois, tem que alterar quando a noiva se posiciona mais no meio do processo para frente. Tem noivas que já são mais dominantes e a mãe só vem para acompanhar, mas a noiva fica firme e decide tudo. Então tem perfis e perfis.   É uma boa comparação a mãe da noiva ser igual à mãe da miss; o perfil é semelhante.  

Helio Tinoco

1 Comentário

  • Rosilene Calassara

    Ver um jornalista talentoso entrevistando um estilista brilhante é simplesmente incrível. Dois profissionais que admiro demais!
    Parabéns,vocês arrasam!

  • JOSE PAULO

    MUITO TALENTO JUNTOS…. TANTO O JORNALISTA, QUANTO O ESTILISTA. SUCESSO A TODOS – REVISTA SENSSACIONAL

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