Se você já passeou pela região central de Campo Grande, provavelmente notou as lixeiras de concreto que adornam algumas das principais ruas e pontos turísticos da cidade. Em 2012, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) fez uma promessa ambiciosa: instalar mil dessas lixeiras para combater o problema do lixo jogado nas ruas. No entanto, a realidade não é essa e até hoje, comerciantes reclamam da falta de lixeiras e as de concreto estão quebradas.
Atualmente, as lixeiras de concreto estão concentradas em algumas áreas específicas, como as ruas 14 de Julho, Dom Aquino, Calógeras, Praça Ary Coelho e Maracaju, além de algumas na Orla Morena e em frente ao Aeroporto Internacional de Campo Grande. Infelizmente, a medida não se estendeu aos bairros, como prometido, deixando muitos moradores sem opções adequadas para descartar o lixo.
Uma das inovações na instalação dessas lixeiras foi o uso de pneus inservíveis, que foram transformados em um material alternativo para a produção das lixeiras, substituindo a pedra de concreto. Essa iniciativa, além de sustentável, visava dar um novo destino a um resíduo que, de outra forma, seria descartado. No entanto, o tempo e o vandalismo têm cobrado seu preço: várias lixeiras na região central estão quebradas e sem reparos, refletindo a falta de manutenção por parte da prefeitura.
Com a revitalização da Rua 14 de Julho, novas lixeiras foram instaladas, mas elas são menores e, curiosamente, não possuem identificação. Isso tem gerado confusão e, frequentemente, é possível ver sacos de lixo deixados por comerciantes ao lado dessas lixeiras, evidenciando a necessidade de uma solução mais eficaz para o gerenciamento de resíduos na cidade.
A situação das lixeiras em Campo Grande levanta questões importantes sobre o compromisso da administração pública com a limpeza urbana e a conscientização ambiental. Enquanto a cidade busca se modernizar e se tornar mais sustentável, é fundamental que as promessas feitas sejam cumpridas e que a população tenha acesso a infraestrutura adequada para manter a cidade limpa e agradável para todos.
A reportagem do Vila Morena entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Grande, mas até o fechamento deste texto, não obteve resposta.